quarta-feira, 8 de outubro de 2014

O ministério da Saúde adverte:

O sangue é o protagonista do processo de trocas gasosas entre o corpo e o meio ambiente. Ou seja, através de seu fluxo constante pelos vasos, transporta células encarregadas pela “captura” de gás oxigênio, as hemácias, após a sua saída do coração para os pulmões. Através da inspiração, o ser humano é capaz de reoxigenar o sangue, reiniciando o ciclo de transporte de O2 para os tecidos do organismo.

Dessa forma, é importante lembrar que para a realização dos diversos processos e ciclos bioquímicos no organismo, é indispensável que o mesmo esteja efetuando sua troca gasosa ou “hematose” de forma satisfatória, o que não ocorre, por exemplo, com os fumantes, que passam a apresentar sintomas de cansaço e pigarros, principalmente pela fibrose no tecido pulmonar e enfraquecimento das mucosas da via respiratória.

O cigarro, pois, dando continuidade à temática central, é uma das estatísticas de morte em todo o mundo, e um dos vilões da saúde pública brasileira, e que tem proporcionado debates e conferências acerca de sua venda, publicidade e uso, frente à sociedade e os seus processos de saúde e doença. 

Bioquimicamente falando: A nicotina é uma das substâncias presentes no cigarro e que provoca dependência, estando associada aos problemas cardíacos e vasculares; além do monóxido de carbono (CO), o mesmo que sai do escapamento do carro, e que se combina permanentemente com a hemoglobina no sangue, originando a carboxihemoglobina, o que impossibilita a interação desta com o oxigênio, podendo ser letal. É por causa da ação do CO que alguns fumantes ficam com dores de cabeça após passar várias horas sem fumar, como uma resposta do organismo ao aumento da concentração de oxigênio no sangue, que já estava "acostumado" com os altos níveis de CO. A terceira substância tida como vilã é o alcatrão, que reúne vários produtos cancerígenos, como o polônio e o chumbo.


Não obstante, todo câncer relacionado ao fumo - como na boca, laringe ou estômago - tem alguma ligação com o alcatrão. A união desse poderoso trio de substâncias na composição do cigarro só poderia tornar o produto extremamente nocivo à saúde. Para se ter uma ideia, 90% dos casos de câncer de pulmão - a principal causa de morte por câncer entre os homens brasileiros - estão ligados ao fumo. 
Para entender melhor, assista ao vídeo abaixo:



Muito se discutiu sobre os problemas oriundos do uso do cigarro, principalmente pela inalação de substâncias nocivas ao organismo, bem como pela intoxicação dos segundos fumantes ou fumantes passivos, que inalam passivamente as mesmas substâncias tóxicas, sem o direito de decisão, simplesmente por estarem em perímetro comum aos fumantes ativos, seja em ônibus, restaurantes ou bares.
Para tanto, decidiu-se, por meio da lei 9294, de 15 de julho de 1996 que:
Art. 1º O uso e a propaganda de produtos fumígeros, derivados ou não do tabaco, de bebidas alcoólicas, de medicamentos e terapias e de defensivos agrícolas estão sujeitos às restrições e condições estabelecidas por esta Lei, nos termos do § 4° do art. 220 da Constituição Federal.
Art. 2o  É proibido o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco, em recinto coletivo fechado, privado ou público.     
§ 1° Incluem-se nas disposições deste artigo as repartições públicas, os hospitais e postos de saúde, as salas de aula, as bibliotecas, os recintos de trabalho coletivo e as salas de teatro e cinema.


Após anos de discussões, e em prol da saúde pública, o Estado brasileiro decidiu pela proibição do ato de fumar em espaços públicos ou privados fechados, bem como pela regulamentação de propagandas e publicidade do produto, alertando ao usuário, por exemplo, acerca dos riscos de fumar. Este é, pois, um modelo de promoção de saúde, tão defendido pelo programa do Sistema Único de Saúde - SUS, e sobretudo, a defesa do direito à própria saúde, que não é apenas fornecer os serviços médicos ou hospitalares, mas propiciar condições e hábitos de vida saudável.

REFERÊNCIAS

BAYNES, John; DOMINICZAK, Marek H. Bioquímica Médica. São Paulo: Manole, 2000.
CHAMPE, Pamela C.; HARVEY, Richard. A.; FERRIER, Denise R. Bioquímica Ilustrada. 4 ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
Instituto Nacional de Câncer. Disponível em: <http://www.inca.gov.br/tabagismo/> Acesso em: 08 de out. 2014.

           

10 comentários:

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  3. É notória a mudança de hábito das pessoas em busca de uma vida mais saudável. Onde antes se viam propagandas de cigarros "Hollywood", "Hilton", agora se vêem propagandas anti-fumo. As percepções pessoais também mudaram, de modo que foram deixados de lado pequenos prazeres que causam grandes malefícios. No que se refere a bioquímica, e a relação das substâncias do tabaco com o sangue, destaco o CO que se liga à hemoglobina formando carboxihemoglobina, composto altamente estável e tóxico. O alcatrão, cancerígeno, e a nicotina, que faz com que sintamos novamente vontade de um trago. Muito boa a explanação, o que me faz pensar quantas reações, quantos agentes danosos, e quanta bioquímica pode haver no sangue

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  4. A origem do cigarro remete tempos remotos, quando os astecas utilizavam o tabaco em rituais religiosos e com fins medicinais, evoluindo ao longo da história, como representando classes elitizadas no século XIX, até representar esta arma letal atualmente.
    Conforme detalhado, a principal substância encontrada no cigarro é a nicotina, que desencadeia uma séria de hormônios psicoativos que levam à dependência, como a dopamina. A dopamina é um neurotransmissor, de função mista álcool, fenol, amina, relacionada ao controle dos movimentos, à sensação de prazer, movimento, memória, recompensa agradável, comportamento e cognição, atenção, inibição de produção do prolactina, sono, humor, aprendizagem.
    A nicotina exerce sua função ligando-se a receptores colinérgicos nicotínicos (nAchR) e na inibição da enzima monoamino oxidase (MAO) A e B, que é uma enzima contendo o cofator flavina-adenosina-dinucleotídeo (FAD) localizado na membrana mitocondrial externa, responsável pela degradação de dopamina, promovendo sensação de prazer por maior tempo.
    Em combate ao fumo, a Prefeitura de Teresina desenvolve um programa no Hospital do Parque Piauí (zona sul), que acompanha tabagistas interessados em largar o vício. Tal iniciativa dispõe de uma equipe multiprofissional, infraestrutura e insumos necessários para assistir o usuário, consolidando 57% de sucesso, quando a nacional é apenas 30%.
    É indispensável, que sobretudo os profissionais de saúde, disseminem a informação acerca de projetos e iniciativas que auxiliam na recuperação do vício.

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  5. São tantos os prejuízos causados à saúde humana pelo consumo do cigarro que nada explicaria o seu uso, a não ser quando pela existência do termo “vício”. Em resumo, o texto aborda as três substancias mais perigosas presentes no cigarro, daí a origem dos males que esse produto pode causar ao homem. A nicotina causa dependência, o monóxido de carbono causa problemas vasculares e o alcatrão está associado a doenças cancerígenas. Mesmo com tantos mecanismos de controle ao uso do fumo acredita-se que é preciso ir além, não dá pra competir com empresas poderosas usando-se apenas de textos de legislação que não entram em vigor ou através de anúncios publicitários que não conscientizam. Uma política eficaz de combate ao fumo se faz na base, ou seja, com programas consistentes que devem ser implantados nas escolas desde as séries iniciais.

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  6. A quantidade de danos causados pelo consumo de cigarro ao organismo humano são inimagináveis, e deu para ter uma boa noção com o vídeo mostrado nessa postagem. Essa droga não ataca somente o pulmão, causando o câncer, mas também a boca, lábios, dentes, deixando-os amarelados, faringe, laringe, provocando inflamações e câncer nessas regiões, ataca ainda o coração, haja vista as toxinas presentes no cigarro, como o alcatrão, entram na corrente sanguínea e chegam ao coração, causando diversas doenças cardiovasculares. É importante mostrar também que não só o consumo ativo prejudica o organismo mas como também o consumo passivo, que é muito frequente. No entanto é fato que o consumo de tabaco diminuiu consideravelmente de uns anos pra ca. No Brasil, surgiram diversas leis em nível estadual e municipal, como a proibição do fumo em ambientes públicos fechados, a veiculação de advertências obrigatórias sobre os malefícios do tabagismo nas embalagens e qualquer tipo de propagando sobre o produto, assim como diversos direitos aos não-fumantes. Importante passo para a diminuição gradual dessa droga que já causou e continua causando a morte de diversas pessoas pelo mundo. Assunto bem interessante. Aguardo novas postagens!

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  7. Ao ser ingerida, a nicotina produz alterações no Sistema Nervoso Central, modificando assim o estado emocional e comportamental dos indivíduos.
    No cérebro, libera neurotransmissores que são responsáveis por estimular a sensação de prazer. Com a ingestão contínua da nicotina, o cérebro se adapta e passa a precisar de doses cada vez maiores para manter o mesmo nível de satisfação que tinha no início. A busca por prazer imediato é comum a todos e pode resultar na autodestruição do indivíduo. Felizmente, a sociedade percebeu o mal presente no cigarro e voltou-se contra ele. O que era visto como legal foi assim transformado em um mau hábito. Entretanto, muitos são capazes de trocar a saúde por um prazer passageiro. O post explanou bem os efeitos do tabagismo e suas implicações na circulação sanguínea.

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  8. A questão do fumo se tornou no nosso Brasil um problema de saúde pública. Em pesquisa realizada pelo INCA (Instituto Nacional de Câncer), houveram cerca de 1,82 milhão de casos novos de câncer de pulmão no ano de 2012, e cerca de 90% dos casos está associado ao consumo de derivados de tabaco. No Brasil, foi responsável por 22.424 mortes em 2011. Esses números são assustadores!
    Por mais que leis tenham sido feitas para evitar o consumo desse produto tão nocivo, outras medidas de conscientização devem ser tomadas e leis mais rigorosas devem ser aplicadas para que o dinheiro dos nossos impostos não seja desperdiçado futuramente no tratamento de pessoas que cuidaram de suas vidas e sua saúde com tanto descaso!

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  9. Percebemos através desta postagem a quantidade de substancias nocivas presentes no cigarro e quais prejuízos elas causam ao organismo. A nicotina, que causa dependência e problemas cardíacos. O monóxido de carbono, que tem maior afinidade com a hemoglobina que o oxigênio, age impossibilitando a ligação destes, o que atrapalha o transporte de oxigênio para os diversos tecidos do corpo. Além disso, sabe-se há muito tempo da presença de compostos cancerígenos no cigarro e mesmo assim, o consumo continua, sem restrições. O cigarro está entre os maiores causadores de mortes, sejam elas por consumo ou por fumo passivo (ocorre quando se está perto de alguém fumando). Mesmo com tudo isso, o consumo continua e o governo tem tentado ajudar como possível, como com a criação da lei que impede o fumo em lugares fechados, sejam eles públicos ou privados. Pelo menos assim, o fumo passivo diminui e pessoas que não tem intenção de consumirem o cigarro são menos atingidas. Aguardo novas postagens!

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  10. O cigarro e suas consequências ao organismo sempre será um assunto discutido, atualmente o seu uso vem sofrendo uma retração nos últimos anos, graças a atitudes impostas pelo governo de proibir o marketing apelativo, taxar os malefícios do fumo no próprio produto e o maior controle na venda, é há de se enaltecer a conscientização da população a respeito dos uso do tabaco. O cigarro é uma droga e portanto tende ao vicio, a principal substância responsável por isso é a nicotina que age da seguinte forma, agindo de modo semelhante ao das drogas o ilegais:
    Sete segundos após a tragada, a nicotina, através da circulação sanguínea, chega ao cérebro, entrando em contado com as células nervosas, que irão atuar permitindo o seu reconhecimento. A partir daí, outras substâncias são liberadas transferindo o impulso nervoso de uma célula a outra. E delas para o sistema que controla a atividade de glândulas de secreção interna.
    A nicotina em altas concentrações favorece a atuação do sistema parassimpático, bloqueando o simpático, dando a sensação ao fumante de bem-estar. Seu uso contínuo fará com que o indivíduo habitue-se a esse bem-estar, entrando em desconforto quando as cargas regulares de nicotina são suspensas. A pessoa pode então ficar irritada, ansiosa, com insônia e pode até vomitar. Em casos mais graves a reação se caracteriza como crise de abstinência. O fumante deseja manter a concentração habitual de nicotina no sangue, capaz de garantir sensações consideradas por ele como agradáveis, mas essa é uma situação transitória, pois a nicotina se decompõe no organismo, em média, entre 20 e 30 minutos, quando o fumante sente a vontade de acender outro cigarro.


    Referencias:
    http://www.icb.ufmg.br/labs/lpf/revista/revista2/reacoes/cap7.htm

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